Por que as publicações do LinkedIn não performam mais como antes? Spoiler: não é culpa sua (ou não totalmente). O algoritmo mudou e a forma de alcançar sua audiência também.
O alcance orgânico médio no LinkedIn caiu quase 50% no período de fevereiro de 2024 a fevereiro de 2025, de acordo com o estudo Algorithm Insights 2025, de Richard van der Blom, Just Connecting™.
A distribuição de conteúdo está mais restrita e seletiva, mesmo para usuários ativos e com bons históricos de engajamento.
Mas isso não é um sinal ruim…
Essa queda não representa um colapso da plataforma, ela marca um refinamento no modo como o algoritmo distribui o conteúdo, que, agora, privilegia relevância e profundidade, não mais volume ou viralização.
Isso significa que o alcance não morreu. Ele amadureceu.
O LinkedIn se aproxima de uma lógica baseada em interesses e relacionamentos reais, deixando para trás o modelo “megafone” de posts espalhados de forma aleatória.
O que isso significa na prática?
Postagens genéricas (ex: frases prontas, motivacionais, rasas, reposts) têm cada vez menos tração e o mesmo se aplica a imagens de banco que pioram a entrega dos seus conteúdos.
Conteúdos com valor claro, voltados a um nicho, com uma proposta educativa ou que se relacionam a contextos específicos, tendem a se destacar (principalmente em engajamento e para começar conversas com o seu público).
Conversas nos comentários aumentam exponencialmente a vida útil de um post.
“Criadores que constroem comunidades ativas, respondem comentários e promovem trocas significativas terão mais visibilidade do que aqueles que perseguem alcance superficial.” Richard van der Blom, autor do Algorithm Insights 2025 e um dos maiores especialistas de Social Selling no mundo.
Ainda no dilema de visualizações versus relevância: mesmo com o declínio no alcance, o engajamento total caiu apenas 25% no mesmo período.
Isso indica que o algoritmo está mais eficiente na entrega para o público certo, mesmo que menor.
Ou seja: menos pessoas estão vendo seus posts, mas quem vê está mais propenso a interagir.
Isso é ouro para quem usa o LinkedIn pensando em relacionamentos reais, autoridade ou conversão (sempre lembrando que essa rede funciona como topo de funil, então pense nisso na hora de desenhar as suas estratégias).
Todas essas quedas nas métricas estão relacionadas com a funcionalidade de vídeos que foi testada no final de 2024.
Os vídeos viralizavam com uma facilidade enorme e como essa funcionalidade foi descontinuada, entendemos que esse teste deu errado e agora estamos passando por uma fase de “recalibragem” do algoritmo.
Embora o engajamento tenha diminuído, o Brasil sozinho já passou da casa dos 83 milhões de usuários (3º maior país no mundo) e nossa perspectiva é bem otimista para os próximos meses.